Trigo sem glúten ganha espaço no agronegócio brasileiro

Setor
23/11/2023

Apesar de uma das bases da dieta alimentar, o trigo geralmente é terrível para os portadores da doença celíaca — ou, simplesmente, intolerância a glúten. Uma variação da planta, porém, não tem essa substância — e sua cultivo tem ganhado espaço no Brasil, conforme mostram os registros de exportação.

O trigo sem glúten é o mourisco, também conhecido como sarraceno. Entre janeiro e outubro de 2023, o agronegócio brasileiro exportou 3,6 mil toneladas desse item, faturando US$ 2,9 milhões.

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Tanto para o volume quanto para o faturamento, os números superam todas as marcas anuais já registradas pela balança comercial brasileira. Além disso, esse produto com origem ganhou valor em ritmo acelerado neste ano.

Em 2023, o Brasil exportou cada tonelada de seu trigo sarraceno — ou sem glúten — pelo preço médio de US$ 789. É o maior preço médio em 15 anos, e comparando com 2022 houve a valorização de 26%.

Além disso, há cerca de 20 anos o país quase não vendia mais esse produto ao mercado externo. Em 2004, por exemplo, apenas 60 quilos foram embarcados.

Exportadores brasileiros de trigo sem glúten

Ao todo, nove Estados exportam esse produto no Brasil. São eles: Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

Porém, os volumes de seis deles somados é inferior 0,1% do total. Ou seja: dois Estados respondem por 99,9% das exportações brasileiras de trigo sem glúten. São eles Paraná e Rio Grande do Sul, responsáveis por 80% e quase 20% respectivamente.

Grande comprador

Atualmente, o Japão é o grande destino das exportações de trigo sem glúten produzido no Brasil. Sozinho, o país absorveu quase 100% dos embarques de janeiro a outubro.

Fonte: Revista Oeste

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