História do Trigo

O trigo está presente há cerca de 10 mil anos na história da humanidade.

10.000 anos A.C

Início do cultivo do trigo na Mesopotâmia, numa região chamada pelos historiadores de Crescente Fértil - área que hoje vai do Egito ao Iraque.

2.000 anos A.C

Da Mesopotâmia, o trigo se espalhou pelo mundo. Na China, o trigo começou a ser usado como farinha e para fazer macarrão e pastel.

Século 11

Em Nápoles, Itália, os cozinheiros começaram a incluir verduras e queijo em um disco redondo de massa. É de lá que vem o termo picea, que seria a origem do nome da pizza.

Século 15

O cultivo do trigo se expandiu nas regiões mais frias da Europa, como Rússia e Polônia. Os biscoitos tornaram-se extremamente úteis na era das grandes navegações e descobrimentos marítimos. Além de garantir doses de carboidratos aos navegantes, tinham a vantagem de não estragar.

4.000 anos A.C

A "invenção" do pão, atribuída aos egípcios, após observarem o processo de fermentação de uma massa feita de farinha de trigo. Os primeiros biscoitos também apareceram no Egito. As receitas eram à base de trigo, água e mel.

Século 9

Estima-se que nesta época os árabes tenham levado para a Itália o macarrão - que teria origem chinesa. Eram preparações feitas de farinha e água, cortadas em fios que secavam ao sol para que pudessem ser conservadas por longos períodos.

"Pode-se dizer que a verdadeira confeitaria surgiu no Século 15, quando os europeus passaram a usar o açúcar nas primeiras receitas de bolos com coberturas de glacê".

Século 20

Em 1958, no Japão, Momofuku Ando criou o macarrão instantâneo, conhecido como lámen.

[ + ]

Trigo no Brasil

O trigo chegou ao Brasil em 1534, trazido por Martim Afonso de Souza, que desembarcou na capitania de São Vicente.

O clima quente dificultou a expansão da cultura. Cartas dos colonizadores registram a falta do trigo e reclamam dos pães preparados com farinha de mandioca.

Foi só na segunda metade do Século XVIII que a cultura do trigo começou a se desenvolver no Rio Grande do Sul, mas, no começo do Século XIX, a ferrugem dizimou os trigais.

O plantio só foi retomado nos anos 20 do século passado. A partir da década de 40, as plantações de trigo começaram a expandir no Rio Grande do Sul e no Paraná, que se transformou no principal estado produtor no Brasil.

Pesquisas com sementes permitiram aumentar a área plantada e o rendimento da cultura, mas o país ainda está longe de ser autossuficiente na produção de trigo. Em 2017, o Brasil produziu cerca de 6 milhões de toneladas e importou cerca de 4 milhões de toneladas, a grande maioria da Argentina, Estados Unidos, Paraguai e Uruguai.

[ + ]

Espécie de trigo

Triticum aestivum

Triticum aestivum

Chamado de trigo comum, é a espécie de trigo mais cultivada no planeta. Responde por mais de quatro quintos da produção mundial. É o mais utilizado na fabricação do pão. Embora o trigo represente uma fonte de alimento completa em termos nutricionais, a proporção das várias substâncias que compõem o grão (amido, minerais, vitaminas e proteínas) varia conforme a variedade. A mais consumida no Brasil, a Triticum aestivum L., tem um teor de proteína em torno de 15%.

Triticum compactum

Triticum compactum

Conhecido como tipo clube, é utilizado para a fabricação de biscoitos e bolos mais macios e menos crocantes. Tem um teor de proteínas em cerca de 8%, produzindo menor teor de glúten, substância que está por trás do crescimento e da textura dos produtos feitos com farinha.

Triticum durum

Triticum durum

Indicado para massas (macarrão), essa espécie forma um glúten mais resistente, permitindo uma textura firme após o cozimento. O grão duro não é cultivado no Brasil.