Trigo lidera quedas dos grãos no primeiro pregão do ano em Chicago

Setor
09/01/2024

No primeiro dia de negociação dos grãos na bolsa de Chicago, as cotações trilharam o mesmo caminho de baixa nos mercados financeiros globais, com apoio de alguns fatores de fundamento de cada mercado.

O destaque ficou com o trigo. Os contratos futuros do cereal com entrega em março registraram desvalorização de 3,38% na bolsa americana nesta terça-feira (2/1), cotados a US$ 6,0675 o bushel.

Alguns analistas avaliam que o mercado está refletindo a valorização do dólar ante o euro, o que tende a reduzir a competitividade do trigo americano no mercado internacional.

Dados de exportações americanas também reforçaram a impressão de baixa atratividade do trigo dos EUA. De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o país embarcou 273.671 toneladas de trigo na última semana, volume bem abaixo das 461.431 toneladas informadas na semana anterior.

Naomi Blohm, analista da Total Farm Marketin, ressaltou ainda, em nota, que “ofertas elevadas de trigo da Rússia são vistas como limitadores de alta”. Segundo ela, “a continuidade da escalada no Oriente Médio precisa ser monitorada”. Afinal, a escalada da guerra no Mar Negro não afetou o mercado do cereal. “Os mercados de trigo em geral ignoraram o aumento da intensidade dos ataques russos e ucranianos”, observou a AgResource, em nota.

Soja

Os contratos futuros da soja com entrega em março registraram queda de 1,89% em Chicago, cotados a US$ 12,735 o bushel. O mercado reagiu à melhora das condições climáticas no Centro-Sul do Brasil, onde a safra 2023/24 está nos estágios iniciais de desenvolvimento.

Para os próximos dez dias, as previsões são de chuvas de 100 a 200 milímetros em Mato Grosso e Goiás, com precipitações também nas regiões Sul e Norte do país.

Milho

Os contratos futuros do milho para entrega em março registraram queda de 1,59% em Chicago, cotados a US$ 4,6375 o bushel.

O mercado do milho continua sob a pressão das perspectivas de uma safra recorde nos EUA. As previsões do Departamento de Agricultura do país (USDA) são de uma produção de 386,97 milhões de toneladas, aumento de 11,11% ante o registrado em 2022/23.

Para a Argentina, o órgão americano estima uma produção de 55 milhões de toneladas, avanço de 61,7% ante o ciclo anterior.

Fonte: Globo Rural

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