O trigo quebrou uma sequência de cinco altas consecutivas na bolsa de Chicago e fechou a sessão com preços em baixa. Os lotes para julho caíram 2,21%, para US$ 6,0850 o bushel.
A preocupação com o tempo seco em áreas dos EUA e na Rússia deu lugar a um bom registro de chuvas, segundo destaca a consultoria Royal Rural.
“Durante a última semana, as condições do trigo nas planícies dos EUA não eram muito animadoras, com a seca prolongada em áreas americanas e na Rússia. No entanto, a melhoria das chuvas aumenta as perspectivas da safra de trigo, com tempestades observadas durante o fim de semana”, diz a consultoria em boletim.
Ainda de acordo com a empresa, há uma expectativa de manutenção do clima úmido, inclusive em áreas de trigo do Mar Negro, que recentemente sofreram com as altas temperaturas.
“O mercado está atento à evolução do clima, que pode impactar significativamente a produção e os estoques desses produtos agrícolas. Embora a previsão de chuvas seja bem recebida pelos agricultores, as condições climáticas continuam a ser monitoradas de perto devido à sua influência nos mercados globais de grãos”, ressalta a Royal Rural.
Milho
O preço do milho, por sua vez, terminou a sessão em Chicago praticamente estável. O contrato com entrega para julho caiu 0,17%, a US$ 4,4925 o bushel.
O aumento da produção em grandes regiões produtores ainda mantêm os preços do cereal depreciados, conforme destaca Ismael Menezes, sócio da MD Commodities.
“Temos um mercado externo de forte recomposição dos estoques finais. A China produziu muito este ano, e a Argentina, com uma recuperação prevista para a colheita nesta safra, tem tudo para crescer nas exportações, já que tem a origem mais barata”, avalia Menezes.
Segundo ele, as exportações argentinas da safra 2023/24 atingiram 24 milhões de toneladas, de um total de 40 milhões previstos para deixar o país nesta temporada.
Fonte: Globo Rural
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