A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o trigo encerrou com preços acentuadamente mais altos. O mercado ampliou a recuperação iniciada hoje, após três sessões negativas consecutivas.
O cereal é sustentado pelo cenário exterior mais favorável, com o petróleo subindo em Nova York, o dólar desacelerando frente a outras moedas correntes e as bolsas europeias operando no positivo. De acordo com analistas internacionais, é improvável que os preços sigam subindo, a menos que o clima seco dure o suficiente para ameaçar as lavouras russas ou estadunidenses, ou que os embarques do Mar Negro sejam interrompidos pela guerra entre a Rússia e a Ucrânia.
Nesta quarta, foi veiculada a notícia de que a Rússia interrompeu as exportações de alguns navios pertencentes à Aston, uma das maiores traders de grãos locais. Conforme fontes do setor, esta é uma ampliação de inspeções de qualidade que já reduzira os embarques de outra grande trader.
Como maior exportador de trigo do mundo, qualquer interrupção nas remessas russas pode elevar os preços globais. De acordo com as fontes, o órgão de vigilância agrícola da Rússia, Rosselkhoznadzor, não forneceu certificados fitossanitários para alguns dos navios da empresa. Uma das fontes disse que dois navios da Aston não receberam autorização.
Segundo agências internacionais, o cereal também encontra suporte na firmeza dos preços de exportação da Rússia, após um período de quedas.
No fechamento, os contratos com entrega em maio eram cotados a US$ 5,56 por bushel, alta de 10,75 centavos de dólar, ou 1,97%, em relação ao fechamento anterior. Os contratos com entrega em julho de 2024 eram negociados a US$ 5,72 1/4 por bushel, ganho de 10,50 centavos, ou 1,86% em relação ao fechamento anterior.
Fonte: Safras & Mercado
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