Trigo argentino piora

Setor
31/08/2023

De acordo com os recentes boletins do USDA e do INTA, a Argentina vem experimentando variações climáticas que impactam diretamente suas culturas agrícolas. O USDA relata condições predominantemente secas e ensolaradas, beneficiando o trigo e a cevada em período de dormência. No entanto, a umidade tem sido escassa nas áreas agrícolas do oeste, o que trouxe uma piora no quadro das condições das lavouras.

Em regiões específicas como La Pampa, Buenos Aires e o extremo sul de Córdoba, houve registros de chuvas leves, mas a maioria dos locais permaneceu completamente seca. A variação de temperatura ao longo da semana foi notável: enquanto em áreas úmidas do sul a média ficou entre 1 a 3°C abaixo do normal, no extremo norte (Formosa e localidades vizinhas no Paraguai) a média foi mais de 2°C acima do normal.

O INTA, por outro lado, registrou precipitações leves em Cuyo (centro) e Patagonia (noroeste), sendo estas as únicas superiores ao esperado para o período. Em relação às temperaturas, grande parte do país apresentou médias mais frias que o usual para a época. A região Pampeana, Cuyo, NEA e norte da Patagônia mostraram as maiores anomalias, com temperaturas entre 1 e 4°C abaixo dos valores normais. Já em Tartagal, as temperaturas máximas foram extremas e superaram os 40°C.

Enquanto isso, a colheita de milho está quase concluída, com 97% das áreas cobertas em todo o país. Apenas algumas hectares em La Pampa e Buenos Aires ainda aguardam a colheita.

O trigo, por sua vez, finalizou seu crescimento vegetativo em todas as áreas plantadas, com algumas zonas já iniciando o estágio reprodutivo. Embora grande parte dessas áreas mostre boas condições para o cultivo, regiões no norte e sul do país apresentam condições apenas regulares. Será necessário um maior aporte de água para atender à crescente demanda do cereal, à medida que avança para estágios fenológicos mais complexos.

Fonte: Agrolink

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