O setor de panificação em Minas Gerais está otimista com o desempenho dos negócios em dezembro, estimulado pelas comemorações típicas de fim de ano, em especial do Natal, conforme o presidente do Sindicato e Associação Mineira da Indústria de Panificação (Amipão), Vinícius Dantas.
A perspectiva é que o faturamento de dezembro tenha um crescimento próximo dos 20% frente a igual mês de 2022. Além da venda de produtos típicos para o Natal, as encomendas de ceias, normalmente, ajudam o setor a vender mais.
“Isso vem crescendo nos últimos quatro anos, pois o consumidor quer facilidades, quer comprar os produtos prontos”, observa. Outro item de destaque nas padarias, no último mês do ano, são os panetones, que podem ser de fabricação própria ou de grandes marcas tradicionais.
Dantas conta que, além do Natal, que é a data mais importante do varejo, o Dia das Mães também é representativo para o setor.
O dirigente avalia o ano de 2023 como positivo para a atividade, que deve registrar incremento de 12% nas vendas frente ao resultado do exercício anterior.
De acordo com ele, entre os fatores que ajudaram o setor neste ano está a queda no valor das matérias-primas, com destaque para a farinha de trigo, com recuo de 20% a 22% no preço. “Os insumos ajudaram a equilibrar a alta de outros custos, como energia e gasto com mão de obra”, explica.
Dantas ressalta que as padarias que, além de bons produtos e preços, oferecem conveniência para os clientes conseguem obter bons resultados. “Se a diferença de preço é mínima, o consumidor não vai entrar na fila de uma grande rede, vai preferir comprar na padaria. A boa localização e a comodidade são importantes para o negócio”, observa.
O dirigente ressalta que, depois de anos de pandemia, deixaram muitos consumidores reclusos, o setor neste ano vem se beneficiando do retorno presencial das atividades. Foi no dia 5 de maio deste ano que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou em Genebra, na Suíça, o fim da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) referente à Covid-19. “Há inclusive padarias com espaços para confraternizações”, diz.
O presidente da Amipão conta que o setor está se profissionalizando cada vez mais e diversificando sua área de atuação. “Muitos cursos que a Amipão ofereceu neste ano se esgotaram. Também vale ressaltar que, além do modelo mais tradicional, há padarias em supermercados, sacolões e até microempreendedores individuais atuando na atividade”, diz.
Dados
Com 34,5 mil pequenos negócios formalizados no setor de panificação, Minas Gerais responde por 12% dos mais de 292 mil empreendimentos neste mercado no Brasil.
Os dados são de um levantamento do Sebrae, baseado nos dados da Receita Federal, até o início de agosto deste ano.
O Estado ocupa a segunda posição na soma de microempreendedores individuais (MEIs) e micro e pequenas empresas (MPEs) ativas no segmento, atrás de São Paulo, que registra 74 mil negócios.
Diante dos bons resultados registrados em 2023, a perspectiva, conforme o presidente da Amipão, é que o segmento continue crescendo no próximo ano. “Possivelmente, não no mesmo patamar de 2023, que foi bem significativo, que é uma base forte”, analisa.
Fonte: Diário do Comércio
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