Seca pode tirar US$ 18 bi das exportações de grãos da Argentina

Setor
16/05/2023

Com uma das piores secas das últimas décadas, a produção de grãos na Argentina será prejudicada, e a oferta não será suficiente para atender o mercado externo. Segundo a Bolsa de Comércio de Rosário (BCR), um mês após o início da colheita, as quebras ficam mais evidentes.

Para a produção de soja, a bolsa estima uma safra de 21,5 milhões de toneladas em 2022/23, volume 50% menor em relação ao que era previsto no início do plantio. No caso do milho, a projeção é para uma colheita de 32 milhões de toneladas, recuo de 40% se comparado com a projeção inicial.

“Dessa forma, a produção total de grãos da Argentina na atual campanha deve ser de 82 milhões de toneladas, bem abaixo das 127 milhões alcançadas em 2021/22. Isso leva a uma queda nas exportações de grãos e derivados no atual ciclo. Os embarques ao exterior estão projetados em 56 milhões de toneladas, 40% a menos que na safra anterior”, destaca a BCR, em comunicado.

Além da soja e do milho, a bolsa considera para este cálculo a produção de trigo, sorgo, cevada, girassol, cártamo, colza, linho, amendoim, alpiste, arroz, aveia, centeio e milheto.

Diante desse cenário, o faturamento com os embarques para o exterior totalizariam US$ 21 bilhões neste ano, abaixo dos US$ 39,5 bilhões do ano passado.

Preços
De acordo com a BCR, se esse valor de exportação se efetivar, 2023 ficaria abaixo dos anos anteriores, superando apenas o valor alcançado em 2018.

Isso porque, apesar de a queda nos volumes projetados a serem exportados ser maior do que aquela safra, os preços da grande maioria dos grãos e derivados permanecem acima da média histórica, o que permite compensar parcialmente a redução nas produções.

Fonte: Globo Rural

Deixe sua opinião