Grãos operam em queda no começo do pregão em Chicago

Setor
01/02/2024

Os grãos negociados na bolsa de Chicago operam em baixa nesta manhã. O recuo mais significativo ocorre no mercado de trigo, com os contratos para março caindo 1,73%, a US$ 5,95 por bushel.

O cenário de médio prazo ainda aponta para tendência de queda nos valores do cereal. Com boas perspectivas para a oferta, o avanço nos preços fica limitado, isso porque a Rússia ainda segue exportando bons volumes de trigo.

Além disso, as condições das lavouras de inverno nos EUA são favoráveis neste momento, o que aumenta o otimismo com a colheita em meados de junho.

No caso da soja, os papéis caem 0,78%, a US$ 12,0925 por bushel, com a demanda chinesa voltada à safra sul-americano, enfraquecendo as vendas nos EUA, segundo a consultoria Granar.

“O limite das perdas poderia ser dado pelo período seco e quente que se regista nas principais regiões agrícolas da Argentina, que, se continuar por muito mais tempo, nos obrigaria a recalcular as perspectivas produtivas”, aponta a empresa, em nota.

A Argentina vive um período de forte calor e tempo mais seco em regiões de produção agrícola, com alerta, principalmente, para a produção de soja. O Escritório de Risco Agropecuário, ligado ao Ministério da Economia do país, informou no início desta semana que a falta de chuva tem sido generalizada, com poucas regiões registrando mais do que dez milímetros nos últimos dias.

“O período de baixa disponibilidade de água afetaria, principalmente, a soja, já que grande parte do milho precoce superou seu período mais crítico”, informa a instituição.

Flávio Roberto de França Junior, economista da Datagro, projeta uma safra argentina de 51 milhões de toneladas em 2023/24, um aumento em relação as 21 milhões de toneladas do ciclo anterior. “Por enquanto, as perdas no Brasil estão sendo compensadas por uma safra eventualmente cheia na Argentina”, destaca.

No mercado de milho, os contratos para março recuam 0,78%, a US$ 4,4425 por bushel. Segundo a Granar, a ampla oferta americana do cereal ainda pesa sobre os preços.

Fonte: Globo Rural

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