O plantio de trigo no Rio Grande do Sul começaria no fim deste mês ou início de junho, mas as inundações que ocorreram no Estado nas últimas semanas colocam dúvidas sobre o início dos trabalhos no campo. O que é certo é que os produtores gaúchos não deverão cultivar a área que era prevista, o que agrava o quadro de dependência externa do Brasil para suprir as necessidades nacionais do cereal.
Antes da tragédia, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) previa crescimento de 12,3% da produção nacional de trigo, para 9 milhões de toneladas. O Rio Grande do Sul responderia por 4,2 milhões de toneladas, ou 44,5% a mais do que no ciclo passado, quando houve seca no Estado. Para a Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), a área de plantio pode não chegar a 1 milhão de hectares no Estado. A previsão inicial era de 1,2 milhão de hectares. Com isso, o mercado já especula com os preços do cereal. O valor de referência do trigo que sai da Argentina rumo ao porto de Rio Grande subiu 30% em pouco mais de 20 dias.
Fonte: Globo Rural
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