Cultura do trigo ultrapassa os 19 mil hectares na região sul

Setor
17/08/2023

A semeadura do trigo está concluída em toda a região. Foram 19.444 hectares semeados com a cultura e a expectativa é de uma colheita superior a 51,5 mil toneladas. Foram implantadas lavouras nos municípios de Arroio Grande, Canguçu, Capão do Leão, Cerrito, Herval, Jaguarão, Pedras Altas, Pedro Osório, Pelotas, Piratini, Pinheiro Machado, Santana da Boa Vista, São Lourenço do Sul e Turuçu.

Destaque para Canguçu que totalizou 3,93 mil hectares, Jaguarão com 3,5 mil hectares e Arroio Grande com 3,4 mil hectares. No campo, a cultura predominantemente se encontra na fase de desenvolvimento vegetativo, em 88% das lavouras. Os demais 12% estão em fase de florescimento em Jaguarão, Piratini, Santana da Boa Vista e Canguçu.

Segundo a Emater Regional, em seu informativo semanal, as áreas têm bom desenvolvimento, sem qualquer problema fitossanitário significativo. Produtores mais aliviados e otimistas com a redução dos custos de produção, principalmente pela queda nos preços dos principais fertilizantes, que tiveram reduções entre 40% e 50% em relação aos valores praticados no mesmo período do ano passado. Defensivos também tiveram redução nos preços.

Estado
No Estado, a semeadura também está finalizada. A estimativa é de área aproximada de 1,5 milhão de hectares. No momento, 91% das lavouras encontram-se nas fases de germinação e vegetativa. As áreas em floração alcançam em média 8%. A perspectiva da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS) é que no próximo mês se inicie a colheita em algumas regiões. Entretanto, o mercado segue sendo o desafio maior do produtor nesta safra.

Segundo o presidente da entidade, Paulo Pires, existe um desenvolvimento das lavouras, com muitos lugares no Rio Grande do Sul que, em meados de setembro, se estará colhendo trigo em alguns lugares. “Até agora o clima se comportou de uma forma neutra. Tivemos alguns problemas pontuais, mas de maneira geral não houveram problemas como o frio e geadas”, destaca.

Para o dirigente, mesmo sendo cedo para uma avaliação, dependendo ainda das condições climáticas para este segundo semestre neste momento de desenvolvimento da cultura, a maior preocupação é com a liquidez do trigo. “Temos um cenário em que a exportação não é favorável. Não temos a mínima organização de como vai funcionar a questão do preço mínimo. Esta é a grande expectativa do produtor. E esperamos que estes próximos meses sejam de clima favorável”.

O grande desafio hoje no Rio Grande do Sul é o mercado. “Está bastante complicado, com preços baixíssimos e o mercado internacional, com aquela opção que batalhamos tanto de dar esta liquidez para a safra do Rio Grande do Sul, está bastante difícil pois existe uma oferta abundante de trigo no mundo”.

Fonte: Diário Poupular

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