A cada dia surgem novos desafios que confrontam a cadeia produtiva, fazendo com que ela busque por equipamentos que tenham flexibilidade para se atingir a qualidade desejada pelo cliente ao mesmo tempo em que mantém o rendimento dentro dos moinhos.
Surgem, portanto, novas tecnologias para diferentes cenários, como explicou Robson Bruner, Supervisor Técnico Comercial para seleção óptica de trigo e centeio da Bühler, no primeiro Workshop do 29º Congresso Internacional da Indústria do Trigo, promovido na tarde da segunda-feira, 26/09, com o tema “Nova era da Seleção Óptica: Maximizando Performance com Tecnologia Digital”.
“Enquanto empresa estamos sempre buscando inovações e atualizando as tecnologias existentes para que tenhamos um equipamento flexível e, mesmo com as mudanças climáticas que afetam a cadeia produtiva, possa atender à exigência dos consumidores. Como é o novo SORTEX H SpectraVision, último lançamento da Bühler e primeiro equipamento a utilizar a plataforma MerlinAI”, pontuou Robson Bruner.
Por que selecionamos?
Para o supervisor da Bühler é preciso, inicialmente, compreender os três principais pilares que levam à escolha de uma selecionadora óptica para introduzir dentro da cadeia produtiva. Sendo eles o rendimento, a qualidade e a flexibilidade.
Rendimento: é mais eficaz que um separador mecânico, ele mantém o rendimento constante por ser um equipamento mais tecnológico e ter menos tempo de parada, mantendo a produtividade dentro da moagem, e fazendo com que os lucros e as receitas dentro da indústria sejam maximizados. Além de ser um equipamento mais compacto e com mais tecnologia.
Qualidade: a segurança alimentar é uma das principais preocupações relacionadas à qualidade, para que se possa entregar um produto com maior qualidade e atender as exigências do consumidor, que são cada vez mais rigorosas, bem como critérios específicos.
Flexibilidade: essa é uma tecnologia adaptável, versátil, atualmente com os selecionadores ópticos é possível trabalhar com mais de 150 produtos diferentes por meio dos portfólios da Bühler. O equipamento é consistente mesmo com mudanças de contaminação na entrada de produtos ou diferentes tonalidades, conseguindo se adaptar rapidamente. Possibilita novas oportunidades econômicas, pois mesmo sendo um produto mais barato mantém o rendimento e qualidade de seleção.
Um equipamento preparado para o futuro
A SORTEX é o departamento de tecnologia digital da Bühler e, em 2022, completou 75 anos. Desde sua fundação em 1947 está sempre em busca de inovação tecnológica, nos anos 70 introduziu a triagem infravermelho às máquinas através de sensores que conseguiam enxergar comprimento de ondas invisíveis a olho nu.
Nos anos 80 já utilizava microprocessadores nos equipamentos para ganhar performance no processamento de dados. Nos anos 2000 implantou o modelo de conectividade 24 horas/ 7 dias por semana, no qual os especialistas poderiam monitorar o funcionamento do equipamento e identificar avarias.
E agora em 2022 lança mundialmente o SORTEX H SpectraVision com a nova plataforma de engenharia MerlinAi. A SORTEX H é fabricada em Londres, na Inglaterra, e é homologada para a seleção de trigo e aveia. E a SORTEX J SpectraVision, fabricada em Blumenau (SC) no Brasil, já é homologada para alguns produtos como o café e está em processo de homologação para soja nos próximos meses, e trigo no primeiro semestre de 2023.
“Estes são equipamentos voltados para a redução de alérgenos, alcaloides e microtoxinas. Sempre baseado nos três principais pilares, mantendo o rendimento, a qualidade e a flexibilidade do equipamento”, ressaltou Bruner.
Essa tecnologia só é possível por meio da plataforma MerlinAi, sendo ela a base de todos os equipamentos que estão sendo lançados pela SORTEX para a seleção de grãos. O MerlinAi é dividido em quatro partes: processamento de seleção (hardware dedicado); algoritmos avançados (melhor desempenho); facilidade de uso (design operacional intuitivo); e conectividade (indústria 4.0).
O MerlinAi apresenta novos algoritmos de classificação para detecção de cores, nova tecnologia de câmera, dimensionamento de defeitos, autoaprendizagem, rastreamento, calibração e remoção de defeitos. “Ele permite que as aplicações de classificação mais complexas sejam realizadas com facilidade, aprimorando a detecção de materiais estranhos e defeitos sutis enquanto aumenta o rendimento do produto. Ele foi desenvolvido com a experiência do usuário do cliente na vanguarda do programa”, explica o supervisor.
A plataforma foi desenvolvida para elevar a usabilidade e conectividade do selecionador óptico usando um novo conjunto de algoritmos e técnicas avançadas de aprendizado. Este novo mecanismo de classificação é a “próxima grande novidade” na classificação óptica. “O SORTEX H SpectraVision é o último lançamento da SORTEX e agrega uma nova tecnologia que irá gerar novas oportunidades na evolução tecnológica. Esse é o futuro”, finalizou Robson Bruner.
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