Em meio à baixa oferta de trigo com qualidade no mercado doméstico, as importações brasileiras do cereal estão aquecidas, informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP. Até a terceira semana de fevereiro, as compras nacionais do produto somavam 383,95 mil toneladas, acima das 291,63 mil toneladas adquiridas em todo o mês de fevereiro do ano passado, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Segundo pesquisadores do Cepea, ainda que muitos moinhos se mostrem abastecidos, os compradores ativos no mercado spot estão em busca de trigo com qualidade superior. O clima desfavorável prejudicou o desenvolvimento da safra brasileira, elevando a importação do produto, sobretudo de países do Mercosul.
Do lado vendedor, produtores estão focados no planejamento de área para a nova temporada. Pesquisadores do Cepea ressaltam que as perdas de produtividade observadas em anos recentes e os preços internos operando nos menores patamares desde 2020 podem desestimular a semeadura de trigo.
Nesta segunda-feira (26/2), no Rio Grande do Sul, maior estado produtor, o indicador Cepea/Esalq para o trigo apontava a cotação média de R$ 1.196,59 por tonelada, alta de 0,46% desde o início de fevereiro.
Fonte: Globo Rural
Deixe sua opinião