2023 começa com recorde de exportações de cereais

Setor
02/02/2023

O governo Lula começa com exportações recordes de vários produtos agropecuários. Bom para as receitas da balança comercial, mas nem tanto para os consumidores internos.

As exportações de milho somaram 6,35 milhões de toneladas no mês passado, um volume nunca atingido antes neste período do ano.

O maior patamar até então tinha sido os 4,4 milhões de toneladas de janeiro de 2016, ano em que o país passou por dificuldades no abastecimento interno. As receitas obtidas no mês passado com as exportações do cereal atingiram US$ 1,79 bilhão.

Com os dados de janeiro, as exportações da safra de 2022/23 (de fevereiro de 2022 a janeiro de 2023) somaram 47 milhões de toneladas, acima do recorde de 41 milhões de 2018/19.

O país começa também com exportações intensas de trigo. O volume do mês passado atingiu 562 mil toneladas, ficando próximo do recorde de janeiro de 2022.

No ano passado, o Brasil exportou o recorde de 3,1 milhões de toneladas do cereal, se posicionando entre os dez principais exportadores mundiais. Bom lembrar que o país é extremamente dependente de importações, principalmente do produto argentino.

O Brasil colocou também 72,2 mil toneladas de arroz em casca no mercado externo em janeiro. As exportações, elevadas, ocorrem em um período de entressafra e de alta interna nos preços.

As vendas de açúcar também tiveram boa evolução em relação a janeiro de 2022, com alta de 11%, conforme dados divulgados nesta quarta-feira (1°) pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior).

As carnes, que renderam US$ 26 bilhões em 2022, começam 2023 com bom desempenho. Os preços atuais da tonelada no mercado externo ainda superam os de janeiro de 2022, mas são menores do que os do segundo semestre do ano passado.

O ano inicia, no entanto, com volumes maiores nas exportações. A venda de carne bovina “in natura” atingiu 160,2 mil toneladas, 11% a mais do que em igual mês de 2022. A de aves, ao somar 389 mil toneladas, supera em 17%; e a suína registrou alta de 13%, somando 80 mil toneladas.

Já as importações perderam ritmo neste ano. As de trigo recuaram 16%; as de fertilizantes, 7,1%; e as de agrotóxicos, 34%, na comparação com o mesmo mês de 2022.

O setor de insumos, que havia iniciado o ano passado com incertezas na oferta e alta nos preços, principalmente após a invasão da Ucrânia pela Rússia, perdeu força neste início de ano.

A compra externa de adubo recuou para 2,4 milhões de toneladas; e as de agroquímicos, para 24,5 mil no mês passado.

Fonte: Brasil Agro

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