O relatório mensal de avaliação da safra, divulgado nesta quinta-feira pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) reduziu a produção brasileira de trigo em 502,1 mil toneladas para 7,69 milhões de toneladas. No entanto, segundo a TF Agroeconômica, essa estimativa não convenceu o mercado.
“A maior redução ocorreu na estimativa de produção do Paraná, que passou de 3.449,80 mil toneladas para 3.162,00 mil tons, queda de 287,8 mil tons.A segunda maior redução foi na estimativa do Rio Grande do Sul, que passou de 3.781,10 miltons para 3.549,90 miltons, queda de 231,3 mil tons. O estado de Santa Catarina foi o único que teve aumento na estimativa de produção, passando de 315,7 miltons para 332,7 mil tons, aumento de 17 mil tons”, comenta.
Nesse contexto, outras estimativas do mercado são menos otimistas e, se estiverem certas, o preço tenderá a subir. “Nem todos concordam com os números da Conab. Aliás, ela já errou feio na estimativa de exportação, que coloca em 900 mil e já se sabe que os compromissos estão em pelo menos 1,27 milhão de toneladas. De todas as nossas pesquisas encontramos apenas um participante do mercado que concorda com a Conab. Os restantes tem estimativas menores de produção. Então, fizemos uma simulação das possibilidades de Oferta & Demanda no estado, que apresentamos ao lado”, indica a consultoria.
“Se a safra for de apenas 2,4 milhões de toneladas, irão faltar para o estado 830 mil tons, principalmente para os moinhos, que terão que consumir trigo importado, cujos preços já estão superiores a R$ 2.000,00/t; A mesma conclusão se aplica se a safra gaúcha for de apenas 2,8 milhões de toneladas; Se ela for de 3,0 milhões de toneladas os preços se manterão elevados, tendendo a subir dos atuais R$ 1.500,00 para cerca de 200, talvez 300 reais a mais do que os atuais, no estado”, conclui.
Fonte: Agrolink
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