Soja, milho e trigo iniciam a semana em queda em Chicago

Setor
06/05/2025

Os contratos futuros de grãos iniciam a semana em queda na Bolsa de Chicago, com destaque para o milho, que apresentou a maior desvalorização, de 1,76%, cotado a US$ 4,6075 por bushel nos papeis com entrega para julho.

O movimento é influenciado por tensões comerciais persistentes e pela ausência de avanços concretos nas negociações internacionais, principalmente entre os Estados Unidos e países afetados pela recente trégua tarifária, pontua a consultoria Granar.

Outro fator que pressiona o mercado é a contínua desvalorização do petróleo, que impacta diretamente o setor de biocombustíveis, afetando a demanda por grãos como o milho. No aspecto climático, as chuvas registradas no leste do cinturão agrícola dos Estados Unidos devem diminuir a partir de terça-feira (6/5), criando condições mais favoráveis para o avanço do plantio de milho e soja.

O trigo também registra queda nos contratos futuros com vencimento em julho, caindo 1,29%, a US$ 5,3600 por bushel. A baixa é atribuída às chuvas que atingem o oeste de Dakota do Norte, região produtora de trigo de primavera. A umidade favorece o solo e pode melhorar o cenário de seca observado nas últimas semanas. Previsões indicam ainda a ocorrência de chuvas significativas no Kansas entre terça e quarta-feira, o que deve beneficiar as lavouras de trigo de inverno, com colheita prevista para começar em menos de um mês.

A soja acompanha o movimento de baixa, com queda de 0,45% nos preços, a US$ 10,5325 por bushel. A consultoria Granar destaca que a confiança do mercado em uma retomada das negociações comerciais entre Estados Unidos e China foi abalada após declarações do presidente norte-americano, Donald Trump, que indicou não ter planos de se reunir com o presidente chinês, Xi Jinping, durante a semana.

“Embora não seja novidade, com suas declarações e atitudes, Trump dinamita pontes e continua afetando negativamente o comércio”, pontua a consultoria. A ausência de sinalizações mais claras sobre um possível acordo tem mantido o mercado em alerta.

Fonte: Globo Rural

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