De acordo com a TF Agroeconômica, o mercado de trigo nos estados do Sul do Brasil mostra uma movimentação moderada, com variações significativas entre Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. No Rio Grande do Sul, a colheita está próxima de 42% e o mercado voltou a se movimentar, embora de forma lenta.
Os produtores seguem cautelosos, vendendo pequenas quantidades e aguardando preços mais atrativos. Moinhos locais buscaram trigo com qualidade garantida, pagando em torno de R$ 1.200,00 por tonelada no interior, mas muitos vendedores pedem R$ 1.250,00. Alguns negócios foram feitos para o Paraná com FN 150, entre R$ 1.000,00 e R$ 1.050,00, mas o custo elevado do frete tem sido um desafio.
Em Santa Catarina, o cenário permanece sem grandes novidades, com moinhos ainda comprando trigo de estados vizinhos enquanto aguardam o avanço da colheita local. O abastecimento tem sido feito principalmente no sudoeste do Paraná, onde os preços estão ao redor de R$ 1.400,00 FOB, beneficiados pelo frete mais acessível. No entanto, a baixa demanda por farinha, devido aos preços pouco competitivos, tem desacelerado o ritmo das compras de grãos. Os preços pagos aos triticultores em Santa Catarina variam de acordo com a localidade, registrando R$ 72,00/saca em Canoinhas e chegando a R$ 77,00 em Xanxerê.
No Paraná, os moinhos continuam adquirindo trigo tanto no mercado local quanto de outras regiões e do Paraguai. Algumas transações foram realizadas a R$ 1.450,00 FOB no norte do estado, com indicações de compra a R$ 1.400,00 e vendedores pedindo até R$ 1.500,00 no trigo-pão e R$ 1.800,00 no branqueador. A continuidade das chuvas no sul do estado causa preocupação para o andamento das colheitas. Além disso, negócios com trigo gaúcho para retirada em novembro na região noroeste foram fechados a R$ 1.200,00 FOB.
Fonte: Agrolink
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