O Rio Grande do Norte tem como principais produtos importados o trigo, células fotovoltaicas, equipamentos para energia eólica e óleo combustível. Os dados foram apresentados pela gerente do Sebrae RN, Alinne Dantas, durante entrevista ao programa Tribuna Livre, da Jovem Pan Natal, em 3 de fevereiro.
Segundo Alinne Dantas, o trigo e suas misturas são os produtos mais importados pelo estado, principalmente da Argentina. “O trigo vem lá da Argentina. Alguém importa e vai distribuir para os pequenos negócios. E aí tem toda a influência de como vai aumentar o valor ou não”, afirmou. O insumo é direcionado a moinhos e panificadoras, influenciando no preço do pão no mercado local.
Outro setor que concentra importações é o de energias renováveis. Os produtos incluem células fotovoltaicas e outros equipamentos para energia solar e eólica, adquiridos principalmente da China e dos Estados Unidos. “A realidade da energia eólica é muito forte no nosso estado. Você vê a área litorânea, Rio do Fogo, Jandaíra e, agora, a região central do Seridó, com os aerogeradores se movimentando e gerando energia”, destacou Alinne Dantas.
Nos últimos dez anos, o crescimento das importações no RN tem acompanhado a expansão do setor energético. Além da energia eólica, há expectativa para o avanço da energia solar e dos projetos offshore. “Os produtos importados dizem muito sobre a dinâmica econômica do Estado. O que está acontecendo naquela região reflete no que ela está importando”, afirmou.
A gerente do Sebrae RN também destacou a relação entre importações e empregabilidade. “Quando há aumento populacional, vêm a padaria, o mercadinho, a oficina. O comércio cresce. Extremoz, por exemplo, teve o maior índice de crescimento populacional do RN e o terceiro maior do Brasil. A construção civil e o setor de serviços devem aparecer com mais força nos próximos levantamentos.”
Os dados sobre importação, balança comercial e mercado de trabalho do Rio Grande do Norte estão disponíveis no portal do Sebrae RN e no Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
Fonte: Agora RN
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