A Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA) compartilhou informações cruciais sobre a atual safra de trigo na Argentina, pintando um quadro desafiador, mas também apontando para oportunidades no setor agrícola.
A área semeada atingiu 5,9 milhões de hectares, marcando a menor extensão dos últimos cinco anos. A escassez de umidade durante o plantio resultou na exclusão de cerca de 400 mil hectares da projeção inicial, concentrados em regiões estratégicas.
A produção final registrou um déficit de 3,1 milhões de toneladas em relação às projeções iniciais, impactada por geadas tardias e estresse hídrico durante o período crítico. A produção total de trigo atingiu 15,1 milhões de toneladas, representando um aumento de 23,8% em relação à safra anterior.
O rendimento médio nacional alcançou 28,4 sacas por hectare, refletindo um crescimento significativo de 24,6% em relação ao ciclo passado. Contudo, a BCBA informa também que houve uma queda de -2,7% em relação à média dos últimos cinco ciclos.
Apesar do aumento na produção, a BCBA alerta para um cenário econômico desafiador, com a expectativa de uma queda de 29% no preço do trigo. Isso pode resultar em uma redução de 9% no aporte econômico, estimado em USD 2.900 milhões para o ano de 2024.
No entanto, nem tudo são obstáculos. A BCBA projeta uma recuperação expressiva nas exportações de trigo, prevendo um aumento de 84%, gerando receitas estimadas em USD 2.400 milhões. Além disso, a contribuição fiscal da cadeia trigueira deve atingir USD 1.000 milhões, representando um aumento de 11% em relação ao ano anterior.
Fonte: Agrolink
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