Congresso do Trigo: reforma tributária deve reorganizar cadeia do trigo

Abitrigo
21/10/2025

Os impactos da reforma tributária prevista para 2026 sobre a cadeia do trigo foram o foco da palestra inaugural do 32º Congresso Internacional da Indústria do Trigo, realizada nesta terça-feira (21), no Rio de Janeiro. Conduzida pelo diretor econômico do Destrava Brasil, Luiz Renato Hauly, e pelo diretor jurídico da empresa, Victor Hugo Rocha, a apresentação destacou que a nova estrutura fiscal exigirá mudanças profundas em toda a cadeia produtiva, do campo à indústria.

Luiz Renato Hauly destacou que a reforma já é um fato consumado e que o novo modelo exigirá planejamento e reestruturação, especialmente na base da produção. Ele chamou atenção para o papel dos moinhos na orientação aos produtores, que precisarão se adequar ao novo regime de cruzamento de informações fiscais. “A reforma não é apenas tributária, é estrutural. Ela vai alterar a dinâmica econômica e exigirá mais eficiência e organização em toda a cadeia”, afirmou.

Victor Hugo Rocha, por sua vez, detalhou os efeitos jurídicos e negociais da proposta, explicando que o novo sistema eliminará a diferença de tratamento entre as vendas internas e interestaduais, extinguindo as atuais barreiras fiscais entre os estados. Segundo ele, essa mudança poderá abrir novos mercados e modificar o posicionamento competitivo entre regiões.

“Produtores e indústrias precisarão mapear com clareza seu posicionamento tributário para não perderem competitividade. Embora complexa, a reforma pode trazer ganhos expressivos em margem de lucro e produtividade, desde que as empresas estejam preparadas para a transição”, alertou o profissional.

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