WASDE indica tendência baixista para milho e cenário neutro para trigo e soja

Setor
15/10/2024

A mais recente edição do relatório WASDE trouxe atualizações importantes para o mercado global de grãos, indicando um cenário baixista para o milho, neutro-baixista para a soja e neutro para o trigo. As estimativas da produção americana e ajustes nas exportações e estoques globais influenciaram diretamente as expectativas dos mercados.

O relatório WASDE deste mês nos trouxe alguns ajustes no milho dos EUA, onde parece que os eventos climáticos recentes não afetaram o rendimento da produção. O relatório ajustou a safra 24/25 de 385,7 para 386,2 M ton, levando a uma nova tendência de baixa em Chicago.

Do lado sul-americano, o relatório ajustou o estoque inicial 24/25 no Brasil em 1 M ton e na Argentina em 2,5 M ton, devido a uma redução nos números de exportação. Do lado da Ucrânia, houve uma redução no número de produção de 27,2 M ton para 26,2 M ton devido ao mau tempo naquela área.

Finalmente, para a China, o relatório diminuiu em 2 M ton o número de importações, de 21 para 19 M ton – outro aspecto de baixa para o mercado e desta vez vindo da demanda, de acordo com Ignacio Espinola, analista de Grãos da Hedgepoint Global Markets.

Segundo o especialista, do lado da soja, quase não houve alterações neste relatório. “Alguns ajustes eram esperados no lado da produção para os EUA, mas parece que o USDA não considera isso relevante. Nos outros países, pouco mudou, deixando um relatório neutro”, diz.

Do lado do trigo, o relatório ajustou os números dos EUA, da UE e do Brasil. Do lado dos EUA, o relatório ajustou o rendimento de 52,2 para 51,2 bu/acre, uma redução de 2% e aumentou o número de importações de 2,9 para 3,1M ton, um aumento de 9,5%.

Na União Europeia, os números de outubro mostram uma redução em relação a setembro nos números de exportação de M ton, deixando um número final de exportação em 30 M mt. Além disso, o estoque final foi ajustado para 10,41 M ton, o que é 29% menor em relação aos 14,46 M ton do ano passado.

“Finalmente, o relatório reduziu a produção do Brasil de 9,5 M ton para 9 M ton e aumentou as importações do país em 0,5 M ton para 6 M ton, afirma Ignacio Espinola, analista de Grãos da Hedgepoint Global Markets.

Fonte: Revista Cultivar

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