Segundo a TF Agroeconômica, o mercado de trigo continua a apresentar volatilidade, exigindo cautela dos investidores. Apesar das recentes quedas, os analistas acreditam que os fatores que influenciam essa tendência são temporários. A linha de suporte estabelecida em $ 565,25 se manteve firme, sugerindo uma recuperação a médio e longo prazo, impulsionada pela diminuição da oferta global tanto para esta quanto para a próxima safra. Portanto, a recomendação é aproveitar as quedas para realizar compras em Chicago, visando diminuir custos de matérias-primas para moinhos e incentivar a produção nas cooperativas e cerealistas.
Entre os fatores que podem impulsionar os preços do trigo, destaca-se a redução na oferta na União Europeia. A Associação Europeia de Comércio de Cereais-Coceral revisou sua estimativa de produção de trigo brando na UE e Grã-Bretanha para 126 milhões de toneladas, representando uma queda de 10% em relação à temporada anterior. Além disso, a previsão de área plantada para o trigo de inverno na Ucrânia também foi revisada para baixo, e nos EUA, a área afetada pela seca aumentou significativamente, o que levanta preocupações sobre a produtividade.
Por outro lado, existem fatores que podem pressionar os preços para baixo. O Brasil anunciou a liberação de 250 mil toneladas de trigo importadas de fora do Mercosul, isentas de taxas, o que poderá aumentar a concorrência no mercado interno. Além disso, as exportações de trigo dos EUA caíram, com vendas 2024/2025 totalizando 246,3 mil toneladas, bem abaixo das expectativas do mercado. A situação na Argentina também é preocupante, com estoques elevados e condições de produção que podem afetar a dinâmica de preços.
Fonte: Agrolink
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