A soja, milho e trigo exibem um movimento de recuperação na abertura da bolsa de Chicago desta segunda-feira (6/1) após as quedas observadas na última sexta-feira. As condições climáticas adversas na América do Sul, combinadas com compras por parte dos investidores, impulsionam os preços.
A soja para março sobe 1,56%, cotada a US$ 10,0725 por bushel. A alta é sustentada por previsões climáticas de tempo seco e quente na Argentina, que devem afetar amplas áreas produtoras de grãos no país vizinho durante a primeira quinzena de janeiro. A previsão de um cenário desfavorável para a safra argentina, somada ao impacto das compras de fundos de investimento, ajuda a mitigar, ao menos temporariamente, a pressão baixista gerada pela colheita recorde no Brasil, estimada em cerca de 170 milhões de toneladas, aponta a consultoria Granar.
De maneira semelhante, o milho também experimenta uma recuperação em Chicago, com os contratos com entrega para março avançando 1,47%, a US$ 4,6500 por bushel. A notícia de condições climáticas secas e quentes nas regiões agrícolas da Argentina acendeu um alerta sobre o possível impacto no rendimento das lavouras, o que reforça as expectativas de menor oferta do grão.
Esse cenário é ainda mais acentuado no sul do Brasil, onde a falta de chuvas prejudica o desenvolvimento das lavouras. Esses fatores têm gerado um movimento de compras por parte dos investidores, ajudando a impulsionar os preços do milho na abertura do mercado, avalia a consultoria.
O trigo para março segue uma trajetória positiva após dois dias consecutivos de quedas, com alta de 1,57%, a US$ 5,4950 por bushel. O movimento de recuperação é impulsionado pela valorização do euro frente ao dólar, o que torna as exportações de trigo dos Estados Unidos mais competitivas no mercado internacional. As compras oportunistas dos investidores também contribuem para o movimento de alta.
Fonte: Globo Rural
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