Preço global dos alimentos é o maior desde 2011

Setor
11/11/2021

O índice de preços internacionais para alimentos, promovido pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), é o maior desde julho de 2011, segundo informações divulgadas pela Revista Vida Rural, de Portugal. Nesse contexto, ele voltou a registar um aumento pelo terceiro mês consecutivo, alcançando os 133.2 pontos (mais 3% face a setembro).

“O preço mundial do trigo aumentou 5%, com os preços de todos os outros cereais mais consumidos a aumentar numa base mês-a-mês. Por sua vez, o dos óleos vegetais atingiu um recorde, com a subida de 9,6% em outubro. O aumento foi impulsionado por cotações mais firmes para os óleos de palma, soja, girassol e colza. Os preços do óleo de palma subiram pelo quarto mês consecutivo em outubro, em grande parte sustentados pelas preocupações persistentes sobre a produção moderada na Malásia devido à contínua escassez de mão-de-obra migrante”, comenta.

A partir disso, foi possível ver que o setor de laticínios cresceu bastante. “Ao nível dos lacticínios, o crescimento foi de 2,6 pontos. Tal deve-se a uma maior procura global de manteiga, leite em pó desnatado e leite em pó integral. Em contrapartida, os preços do queijo mantiveram-se estáveis. Na outra face da moeda, os preços da carne e do açúcar diminuíram 0,7% e 1,8%, respetivamente. Na carne, este foi o terceiro mês consecutivo de queda. Já os do açúcar têm a primeira queda após seis aumentos mensais consecutivos”, completa.

O Índice de Preços de Carne da FAO caiu 0,7% de seu valor revisado em setembro. De acordo com a organização, as cotações internacionais das carnes bovinas e suínas caíram devido, respectivamente, à queda nas cotações de abastecimento de gado brasileira e à redução de compra de carne de porco pela China. “Em contraste, os preços das carnes de aves e ovinos aumentaram, impulsionados pela alta demanda global e baixas perspectivas de expansão da produção”, diz a FAO.

Fonte: Agrolink

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