Melhorar a rentabilidade do moinho foi tema do segundo painel da tarde do 28º Congresso Internacional da Indústria do Trigo, realizado no dia 21 de setembro. O assunto foi aberto abordando os principais desafios do setor com a moderação do superintendente da Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo), Eduardo Assêncio.
“Atualmente, o grande desafio do setor é a flutuação do preço do trigo em conjunto com a oscilação do câmbio. Temos muitas turbulências políticas e especulações do mercado. É muito difícil planejar e fazer as compras na hora certa”, comenta o gerente de vendas sênior da área de Moagem da Bühler, Sebastian Stein.
Para Stein, com o cenário de altos custos da matéria-prima, o produtor deve evitar problemas adicionais causados pela ineficiência do processo. “Importante também que o empresário saiba sobre as variações da qualidade do trigo. É fundamental ter um conhecimento da matéria-prima que o moinho está comprando para fazer as mesclas corretas que atingem a qualidade do produto final”.
O gerente de vendas citou ainda que a pandemia mostrou que o consumo pode mudar de um momento para o outro e o moinho que tenha flexibilidade para se adaptar rapidamente tem, claramente, uma vantagem. “Por último, o grande desafio dos moinhos é encontrar mão de obra qualificada. A automação pode ajudar a dar mais assistência ao moinho e manter também a profissão mais interessante para atrair novos talentos”, aponta Stein.
Para ele, na cadeia de valor, existem quatro pilares em que o impacto pode ser criado: logística, a própria compra do trigo, distribuição e mercado e o operacional.
Rejuvenescendo a planta
Para o chefe de tecnologia de processos da Bühler, Gustavo Prado, entre os pilares, um dos principais impulsionadores da cadeia de valor é a área operacional. “E é nesse ponto que a Bühler tem mais força para auxiliar os seus clientes, rejuvenescendo as plantas com equipamentos modernos, com processos mais eficientes e com soluções mais personalizadas”, comenta Prado.
Prado inicia sua abordagem dizendo sobre um item fundamental nos moinhos: a limpeza que tenha alta eficiência na remoção de impurezas. O chefe de tecnologia mostrou três equipamentos Bühler: Vega, MTCG e o Sortex que cumprem esse papel com eficiência. Sobre otimização de espaço, a explanação se concentrou na nova geração de Combi Cleaner, a máquina combinada MTKC Vitares. “Esse equipamento segue o conceito modular. São quatro equipamentos instalados em um andar com ajustes independentes”.
Além desses pontos, outro aspecto explicado por Prado para aumentar a rentabilidade dos moinhos é em relação à preparação de condicionamento do trigo. “É importante ter um sistema confiável de condicionamento”, avalia Prado. Equipamentos considerados pelo especialista como o “coração da moagem”, os bancos de cilindros, devem funcionar de forma adequada.
Neste sentido, a empresa oferece, de acordo com Prado, o roll detect, um serviço autorizado Bühler em que os rolos de moagem tanto lisos (rugosos) quanto raiados são inspecionados por meio de um equipamento eletrônico, quantificando o desgaste e emitindo um relatório sobre o estado de cada cilindro.
O controle de temperatura das raias também é importante, na avalição de Prado. Neste ponto, a Bühler oferece o TVM (Temperature and Vibration), um serviço de medição de temperatura e vibração, por meio de um sistema de monitoramento contínuo instalado dentro dos rolos de moagem. “Este serviço está se tornando standard dentro das indústrias de moagem, proporcionando grandes melhorias no processo de moagem, otimizando o tempo de trabalho e performance dos bancos de cilindros”.
As soluções da marca preveem o monitoramento constante do desempenho, redução do tempo de parada não planejado com programas de manutenção adequados, interligação da manutenção com o cronograma operacional e o treinamento regular para manter as habilidades.
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