Mesmo com os preços de importação elevados, as compras externas de trigo em grão estão crescentes ao longo de 2024, já somando os maiores volumes em dois anos. Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP, esse cenário está atrelado à baixa disponibilidade doméstica de trigo, sobretudo de maior qualidade.
Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) indicam que a quantidade importada pelo Brasil de janeiro a agosto de 2024 é de 4,556 milhões de toneladas, a maior para o período desde 2020 e 9% acima da adquirida em todo ano de 2023.
Em agosto, especificamente, as compras externas totalizaram 545,46 mil toneladas, quase o dobro do importado no mesmo mês de 2023 (277,99 mil toneladas). Quanto aos preços, levantamentos do Cepea mostram que os valores internos do trigo seguem enfraquecidos e oscilando conforme as condições de oferta e demanda regionais.
Nesta segunda-feira (9/9), no Paraná, o indicador Cepea/Esalq apresentava a cotação média de R$ 1.493,11 a tonelada, leve alta de 0,06% desde o início do mês. Já no Rio Grande do Sul o preço estava em R$ 1.367,77 a tonelada, queda de 0,23% no acumulado desde o dia 1 de setembro.
Fonte: Globo Rural
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