FGV aponta aumento no preço em itens de cesta básica durante pandemia

Coronavírus
28/04/2020

Levantamento da Fundação Getulio Vargas (FGV), divulgado nessa segunda-feira, mostra inflação em preços de itens de cesta básica, como alimentos, durante a pandemia. De acordo com a fundação, os principais itens alimentícios da cesta básica tiveram alta de preço no país de 1,86% entre 23 de março e 22 de abril, período em que a atual crise causada por avanço da covid-19 no país se intensificou. Os mesmos produtos de cesta básica mostravam queda de 0,06% entre 8 de fevereiro e 7 de março, antes da pandemia, informou a fundação.

Entre os destaques citados pela FGV, estão as acelerações de preço, entre o período de 8 de fevereiro e 7 de março para o período de 23 de março e 22 de abril, em arroz (de 1,16% para 2,77%); feijão carioca (1,45% para 8,62%) e batata-inglesa (de 0,33% para 13,69%).

No caso de frango inteiro, houve diminuição de ritmo de deflação (de -1,97% para -1,01%), no mesmo período.

Responsável pelo levantamento, o economista André Braz da FGV comentou que, como as famílias estão em casa, a procura por produtos nos supermercados aumenta. Isso na prática eleva demanda, com impacto na oferta e ajuda a elevar opção é comprar no mercado, mesmo que se pague um pouco mais nesse momento”, explicou Braz, em nota sobre o tema.

Outro aspecto que também influenciou o resultado de alta desses itens de cesta básica, durante a pandemia, são efeitos sazonais e a alta do dólar. “Tivemos uma safra de feijão menos expressiva. Por isso os preços avançaram tanto”, observou ele. Já os ovos, que já haviam subido 7,21%, continuaram subindo 6,57%, pois há um aumento do consumo desse item no período da quaresma”, pontuou. Ele comentou ainda que, no caso da desvalorização cambial, essa ajuda a elevar preço das commodities, como trigo por exemplo. No levantamento da FGV, a inflação da farinha de trigo passou de -0,92% para 1,28%, entre o período pré-pandemia e o período pós-pandemia.

Fonte: Valor Econômico

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