Commodities: Clima seco em regiões produtoras motiva alta do trigo em Chicago

Setor
20/08/2020

As cotações do trigo fecharam em alta nesta quarta-feira na bolsa de Chicago, impulsionadas pelo clima seco em algumas regiões produtoras. Os contratos para dezembro subiram 0,87%, ou 4,5 centavos de dólar, e encerraram o pregão a US$ 5,22 o bushel.

Em relatório divulgado nesta quarta-feira, o Commodity Weather Group informou que as pradarias canadenses estavam “quase secas” nas últimas 24 horas e que são esperadas poucas chuvas para os próximos cinco dias. O país é um dos principais produtores mundiais do cereal.

Na Argentina, metade das lavouras também deverá receber poucas chuvas entre os próximos seis a dez dias, segundo realçou o site Agriculture.com com base em uma empresa de meteorologia do país. Na Austrália, também há sinais de tempo seco e quente nas áreas produtoras.

Apenas nos EUA as condições atuais parecem favoráveis, com 70% das lavouras em boas ou excelentes condições.

No mercado de soja, os contratos futuros para novembro fecharam praticamente estáveis nesta quarta-feira. Houve leve avanço de 0,03%, ou 2,5 centavos de dólar, para US$ 9,14 o bushel.

Os investidores aguardam novidades sobre o Pro Farmer Crop Tour após o vendaval que atingiu as regiões produtoras americanas. “Todas as atenções estão voltadas para a situação em Iowa”, disse Brian Grete, um dos técnicos da expedição Pro Farmer, à Dow Jones Newswires.

As relações comerciais entre EUA e China também estão no foco. Na terça-feira, o presidente americano Donald Trump disse que vai adiar qualquer novo acordo com Pequim. Mas os chineses continuam comprando bons volumes de soja americana.

Nesta quarta-feira, exportadores notificaram a venda de 192 mil toneladas de soja ao país asiático, informou o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A carga será entregue durante a safra 2020/21.

Ainda na bolsa de Chicago, os contratos do milho para dezembro caíram 0,59%, ou 2 centavos de dólar, e encerraram a sessão a US$ 3,3975 o bushel.

A recuperação mais lenta dos níveis de produção de etanol nos EUA continua pressionando as cotações do cereal, apontam analistas.

A Administração de Informação de Energia do país (EIA, na sigla em inglês) informou nesta quarta-feira que a produção média de etanol nos Estados Unidos foi de 926 mil barris por dia na semana encerrada em 14 de agosto, volume 0,88% maior do que o registrado na semana anterior, de 918 mil barris por dia.

“Se essa média permanecer inalterada nas próximas semanas, o volume de milho dos EUA para uso de etanol poderá diminuir”, disse Terry Reilly, da Futures International, à Dow Jones Newswires.

Fonte: Valor Econômico

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