Colheita no trigo avança no PR e clima é favorável no RS

Setor
08/09/2020

O mercado brasileiro de trigo segue atento ao clima sobre as lavouras, tanto para o desenvolvimento quanto para a colheita. Os preços apresentam alguma retração com a entrada da oferta. A queda é modesta devido às perdas recentemente provocadas por geadas. O analista de SAFRAS & Mercado, Jonathan Pinheiro, observa que “com novas perdas os preços podem vir a ficar mais resistentes, e as indicações atuais sugerem que o mercado resista a cotações abaixo dos R$ 950 por tonelada”.

Paraná
O Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, informou, em seu relatório semanal, que a colheita da safra 2020 de trigo no Paraná atinge 3% da área cultivada de 1,113 milhão de hectares. Ela deve crescer 8% frente aos 1,028 milhão de hectares plantados em 2019.

Conforme o Deral, as lavouras seguem piorando de qualidade, por conta dos efeitos recentes das geadas. Nesse momento, 71% das lavouras de trigo do estado estão em boas condições, 21% em situação média e 8% em condições ruins. As lavouras se dividem entre as fases de crescimento vegetativo (12%), oração (13%), frutificação (39%) e maturação (36%).

Ainda assim, a produção de trigo deve atingir 3,474 milhões de toneladas, 62% acima das 2,140 milhões de toneladas colhidas na temporada 2019. A produtividade média é estimada em 3.122 quilos por hectare, acima dos 2.205 quilos por hectare registrados na temporada 2019.

Rio Grande do Sul
A semana iniciou com tempo seco, dias ensolarados, com temperaturas amenas que foram se elevando e, em geral, beneficiaram o desenvolvimento do trigo no Rio Grande do Sul e auxiliaram na recuperação das plantas atingidas pelas geadas. Nos últimos dias, houve mudanças com a formação de nebulosidade e ocorrência de chuvas de baixa intensidade e distribuição variável no estado, que favoreceram o reestabelecimento da umidade no solo. O desenvolvimento das lavouras segue em linha com a média dos últimos anos, com 45% das lavouras em desenvolvimento vegetativo, 40% em oração e 15% em enchimento de grãos.

Fonte: O Presente Rural

Deixe sua opinião