Valor da produção agropecuária do país alcançará R$ 697 bilhões em 2020, diz ministério

Setor
14/05/2020

Uma melhora das perspectivas do Ministério da Agricultura para a soja, além dos reflexos positivos da valorização do dólar ante o real para as cadeias exportadoras em geral, levaram a Pasta a elevar sua estimativa para o valor bruto da produção (VBP) agropecuária no país em 2020, apesar da pandemia. Segundo levantamento recém-concluído, a Pasta passou a calcular o VBP do setor em R$ 697 bilhões, montante, recorde, R$ 7 bilhões maior que o previsto em março e 8,6% superior ao de 2019.

Para o conjunto formado pelas 21 principais lavouras do país, o ministério agora prevê VBP de R$ 462,1 bilhões, com aumentos de R$ 8,7 bilhões ante abril e de 10,4% em relação ao ano passado. Com colheita recorde, boa demanda e preços domésticos inflados pelo câmbio, a soja foi determinante para esse avanço. A Pasta elevou sua estimativa para o valor da produção do grão para R$ 163,6 bilhões, R$ 4,4 bilhões a mais do que previa no mês passado e montante 16% superior ao de 2019.

Mas também colaboram para o aumento na comparação interanual crescimentos previstos para arroz (6,2%, para R$ 10,9 bilhões), cacau (28%, para R$ 3 bilhões), café (35,4%, para R$ 27,5 bilhões), cana (2,5%, para R$ 61,9 bilhões), milho (17,6%, para 76,6 bilhões) e trigo (31,3%, para R$ 6 bilhões).

Para o VBP conjunto das cinco principais cadeias da pecuária, o ministério reduziu sua estimativa para R$ 234,9 bilhões, R$ 1,7 bilhão a menos que o projetado em abril mas montante ainda 5,4% superior ao do ano passado. Para os bovinos a conta foi mantida em R$ 102,3 bilhões, 13,2% acima do número de 2019. Para o frango, porém, a estimativa foi reduzida para R$ 64 bilhões, R$ 2,7 bilhões abaixo da projeção anterior e valor 4,9% menor que o de 2019.

No caso dos suínos o VBP deverá aumentar 10,2% ante o ano passado, para R$ 20,1 bilhões, e no dos ovos o avanço deverá chegar a 11,6%, para R$ 13,6 bilhões. Na visão do ministério, o valor da produção de leite deverá permanecer estável em R$ 35 bilhões.

Fonte: Valor Econômico

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