A empresa de biotecnologia Bioceres afirmou que o seu trigo transgênico “ainda não entrará na fase comercial” no Brasil, apesar da liberação recebida essa semana. Na última quinta-feira (11/11), a CTNBio (Comissão Nacional de Biossegurança) aprovou a utilização da farinha do trigo HB4 – que chega ao Brasil pela TMG (Tropical Melhoramento Genético).
“Independentemente da aprovação do Brasil, a Bioceres continuará gerenciando a produção de sementes e grãos de trigo HB4 dentro do programa de identidade preservada que foi utilizado nas duas últimas campanhas. Tanto a semente quanto o grão produzido são 100% propriedade da Bioceres”, afirmou a companhia ao portal argentino A24 Agro.
Antes da comercialização, explica a empresa, é preciso atender a outros requisitos, tais como o de obter aprovação nos principais destinos de exportação que representam mais de 5% do total das exportações em média nos últimos seis anos. Além disso, os fabricantes querem disponibilizar um método de detecção de baixo custo com uma sensibilidade de + 1%.
A Bioceres garante que está sendo desenvolvido um sistema de captura de valor e canal de identidade preservado, bem como o estabelecimento de um sistema de extensão e educação. Eles ressaltam que continuarão trabalhando no aspecto regulatório: “A empresa iniciou processos de desregulamentação no Uruguai, Paraguai, Estados Unidos, Colômbia, Indonésia, África do Sul e Austrália”.
O maior temor das operadoras hoje é que haja contaminação dos embarques de grãos com material transgênico, causando sanções comerciais. A Bioceres assegura que continuará a “implementar os protocolos de manejo e biossegurança, auditando os processos de semeadura, colheita, armazenamento e transporte”.
Fonte: Agrolink
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