OCDE vê retomada global, mas abaixo do potencial

Coronavírus
11/08/2020

As maiores economias globais, incluindo o Brasil, dão sinais de recuperação após o enorme choque causado pela pandemia de covid-19, sugere o sistema de indicadores compostos avançados da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

A entidade diz que o dado continuou a se fortalecer em julho, após as baixas provocadas pela crise da pandemia em todas as principais economias, “mas permanecem abaixo das tendências de longo prazo e em níveis inferiores aos de antes do surto inicial da covid-19”.

Após forte alta em junho, o ritmo de melhora no (CLIs, na sigla em inglês) da OCDE “desacelerou na maioria das principais economias”. Na China, por exemplo, o dado de junho indicava um retorno aos níveis de antes da crise, mas eles foram agora revertidos.

O dado da OCDE busca sinalizar com antecedência os pontos de virada do ciclo econômico – flutuações de produção ou da atividade econômica em relação ao seu potencial de longo prazo.

Quatro fases cíclicas são definidas. Na “expansão”, o dado cresce e fica acima de 100; na “inflexão”, o indicador diminui, mas continua acima de 100; na “desaceleração”, há uma baixa para menos de 100; e na “retomada”, o indicador sobe, mas segue abaixo de 100.

O Brasil foi em julho o único país com o índice 100 – todas as outras grandes economias ficarem abaixo disso. Mas a OCDE diz que a magnitude dos CLIs deve ser vista como uma “indicação da força do sinal e não como uma medida do grau de crescimento da atividade econômica”. O fato de o Brasil ter em julho 100 (ante 99,3 em junho) “não tem nenhum significado especifico”, segundo a entidade.

A China passou de 97,6 para 97,9. A Índia, de 94,3 para 95,2. Os EUA, de 96 para 97,5. Praticamente todas as grandes economias estão na rota de retomada da atividade.

Fonte: Valor Econômico

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