De olho no mercado, no Brasil e na Europa, Eurogerm apresenta soluções para panificação pós-pandemia

Setor
30/09/2021

O grande desafio da indústria de panificação no cenário pós-pandemia é o preço. Essa foi uma das tônicas do debate “Atualidades do mercado e tendências a Europa”, assunto de abertura do primeiro painel do período da tarde do 28º Congresso Internacional da Indústria do Trigo, realizado no dia 21 de setembro, sob o comando do diretor de Exportação para as Américas do Grupo Eurogerm, Sébastien Jollet, e moderação feita pelo superintendente da Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo), Eduardo Assêncio.

 

“A indústria precisa aumentar os preços praticados, mas não podemos nos esquecer que existe uma crise econômica. As pessoas precisam comprar produtos essenciais e básicos e não caros”, avalia Jollet. Para a sua conclusão, o diretor fez um panorama do mercado de panificação nas principais regiões do mundo, no mercado europeu, além do perfil do consumidor europeu antes e durante a pandemia de Covid-19, além das expectativas de um cenário pós-pandêmico.

 

Em sua explanação, antes da Covid-19, as expectativas do consumidor eram a busca por produtos com transparência, primando pela procedência, com mais proteína e menos açúcar, capaz de proporcionar novas sensações e texturas. Durante a pandemia, mais especificamente no segundo semestre de 2020, houve um aumento da preferência pela panificação industrial (pães embalados) e de longa vida útil, além de uma diminuição pela procura de pães artesanais e frescos.

 

Em 2021, ainda de acordo com Jollet, o contexto europeu atual mostra que a preferência por pães frescos, artesanais e embalados voltam para os respectivos números de 2019. Para ele, os impulsionadores de inovação para este ano são saúde e bem-estar, naturalidade e conteúdo de fibras, processamento natural. “Em todo o lugar da Europa, as pessoas querem comer alimentos locais. Da mesma forma, com a globalização, as pessoas também gostam de pães étnicos, híbridos como hambúrguer com pão crocante e pães coloridos”.

 

Tendências esperadas até 2025

De acordo com Jollet, os pães artesanais devem liderar a preferência até 2025, já os pacotes industriais que cresceram desde 2019, vão sofrer uma ligeira queda até 2025, mas permanecerão em alta no período. Segurança alimentar e embalagens se tornarão uma grande preocupação. As vendas online também devem continuar. “E fazer pão em casa permanecerá um hábito para pequena parte dos consumidores”.

 

O segundo impacto da Covid-19 para 2022, é previsto por Jollet com aumento de custo e falta de disponibilidade de algumas matérias-primas sustentáveis. “Em geral, acreditamos que o mercado Premium vai continuar a crescer, assim como os mercados locais, mas imaginamos uma queda nos mercados intermediários”, avalia.

 

Jollet ainda mostra que os temas estratégicos para a panificação na Europa são sustentabilidade, compras locais, demandas por produtos embalados para finalização, implementação de unidades centrais de panificação abastecendo lojas próprias e mudanças em estratégias de canais, produtos e tecnologias.

 

Propostas Eurogerm para as tendências de mercado

“Alimentar um futuro melhor para os clientes”, comenta Jollet. Para a marca, mais do que nunca, os consumidores estão procurando produtos de panificação e doces “better-for-you” que permaneçam frescos por mais tempo.

“A Eurogerm apoia seu clientes por meio da inovação, projetos, transformação e soluções customizadas com oito focos estratégicos que incluem a visão do consumidor e permitem criar soluções que respondam melhor às suas necessidades”. As estratégias abordam valores nutricionais, sustentabilidade, prazer, ética, sabor, extensão da vida útil, redução de custo, sabor.

 

O moderador do painel indagou ao palestrante quais destas estratégias atenderiam às necessidades do consumidor brasileiro. Jollet respondeu que, em primeiro lugar, é preciso entender as demandas do consumidor e oferecer um bom preço a ele, além de garantir a transparência e procedência dos alimentos. “O cliente precisa de transparência. O consumidor precisa saber o que está comendo”, conclui.

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