CTNBio volta a debater liberação comercial de trigo transgênico na próxima semana

Setor
04/11/2021

A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) voltará a discutir a liberação comercial de trigo transgênico no Brasil para consumo humano e animal. O assunto está na pauta da 246ª reunião ordinária do colegiado, que será realizada na próxima quinta-feira, 11, das 8h30 às 14h, em sessão sigilosa. A expectativa é de que a Comissão dê seu veredicto final sobre o assunto no próximo encontro. No início de outubro, o presidente da entidade, Paulo Barroso, disse que a comissão pretendia deliberar sobre o assunto “o mais breve possível”.

Segundo Barroso, a comissão estava debruçada sobre os dados adicionais solicitados em 10 de junho ao requerente da liberação, a empresa de sementes Tropical Melhoramento & Genética (TMG). A comissão não detalha quais informações e dados solicitou à empresa. O processo confidencial que tramita na CTNBio avalia a permissão da comercialização do trigo geneticamente modificado para “aumento de produtividade em situações e ambientes de baixa disponibilidade hídrica e resistente ao (herbicida) glufosinato, para uso exclusivo em alimentos, rações ou produtos derivados ou processados”.

O pedido para importação e comercialização de trigo transgênico no País foi protocolado pela TMG junto à CTNBio em processo em 28 de março de 2019. A TMG representa a argentina de biotecnologia Bioceres, detentora do cultivar, neste processo por meio de parceria, já que a empresa passou a atuar este ano no País. A variedade do cereal geneticamente modificado avaliada pela comissão é a HB4, aprovada para cultivo na Argentina em outubro do ano passado – país de onde os moinhos brasileiros adquirem cerca de 85% do cereal que importam.

A indústria nacional moageira, a de panificação e a de derivados de trigo são contrárias à comercialização e importação da farinha e do cereal transgênico no País. A CTNBio, ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), é o órgão responsável no governo federal por questões relacionadas à biossegurança de organismos geneticamente modificados.

Fonte: Dinheiro Rural

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