As cotações do trigo voltaram a fechar em terreno positivo na bolsa de Chicago nesta segunda-feira, impulsionadas pelo clima seco na Rússia e nos Estados Unidos.
Ao fim da sessão, os contratos futuros do cereal para dezembro subiram 1,92%, ou 11 centavos de dólar, a US$ 5,8425 o bushel, enquanto os lotes de segunda posição, para março de 2021, avançaram 1,86%, ou 10,75 centavos de dólar, para US$ 5,9025.
Para a consultoria AgResource, a maior preocupação dos investidores é com os níveis de chuva abaixo do normal na Rússia.
“O sudoeste da Rússia pode ver alguns picos de chuva, mas os volumes totais ficarão bem abaixo do normal”, avaliou a AgResource em nota divulgada pela Dow Jones Newswires no início da sessão desta segunda-feira.
Os traders também não descartam a hipótese de o governo russo instituir uma nova cota para as exportações de trigo. Isso limitaria a oferta externa do país e, por isso, tem dado suporte aos preços do cereal desde a semana passada.
Nos Estados Unidos, o clima seco também tem dificultado o trabalho dos agricultores, segundo a consultoria The Farm Futures Group. “As condições do solo permanecem secas nas planícies do Sul, enquanto os agricultores fazem malabarismos com o plantio do trigo vermelho de inverno”, avaliou a consultoria.
No caso da soja, mesmo após o relatório de embarques do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) ter indicado dados acima do esperado pelo mercado, os contratos da oleaginosa para janeiro de 2021 subiram apenas 0,02% (0,25 centavos de dólar), para US$ 10,25 o bushel.
Na semana encerrada em 1° de outubro, os americanos embarcaram 1,6 milhão de toneladas de soja, conforme o USDA. Esse volume é 28% maior que o dos sete dias anteriores. Segundo a Futures International, os traders esperavam embarques da ordem de 1,55 milhão de toneladas, e os embarques ficaram acima disso.
Para a consultoria The Farm Futures Group, a colheita acelerada de soja e milho nos EUA, principalmente, acabou limitando a alta das cotações.
Ainda na bolsa de Chicago, os preços do milho também fecharam praticamente estáveis nesta segunda-feira. A queda dos contratos para dezembro foi de apenas 0,06% (0,25 centavo de dólar), para US$ 3,795 o bushel.
A principal notícia acompanhada pelos traders na sessão veio do USDA, que comunicou que até 1° de outubro os americanos negociaram 863,9 mil toneladas de milho, frente a 826,9 mil uma semana antes. O ligeiro incremento, contudo, não deu grande impulso aos preços.
Também nesta segunda-feira, exportadores americanos também relataram a venda de 160,02 mil toneladas de milho para o México com entrega na safra 2020/21.
Fonte: Valor Econômico
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