De acordo com a TF Agroeconômica, o agricultor passou a ser o dono do mercado e não há vendedor de lotes a menos de R$ 1.400,00/t. “Duas características bem marcantes do mercado de trigo neste ano:
a) Está sendo totalmente dominado pelo produtor, que resiste ao máximo em vender e estabelece o preço que quer pelo produto
b) Em plena colheita já atingiu o preço máximo obtido na safra velha e tem boas chances de subir ainda mais, porque, neste ano, deverá ocorrer uma inversão no mercado: do volume necessário para moagem no Brasil, 64,19% será de trigo importado e 35,81% de trigo nacional”, explica.
Consequentemente, o preço médio será ditado pelo trigo importado, que já está a R$ 1.550,00/CIF moinhos, 19,23% a mais do que os atuais preços máximos do mercado interno. “O diretor de um moinho nos contou hoje que presenciou um agricultor colocar seu caminhão carregado com trigo na balança e exigir: “Ou vocês me pagam tal preço ou entrego em outro armazém”. Esta é a atitude típica do que ocorre no mercado hoje”, completa.
Nesta quarta-feira, não havia nenhum preço de vendedor de trigo no mercado brasileiro, nem no RS, nem no PR, a menos de R$ 1.400,00 (RS) e R$ 1.500(PR) por tonelada.
“CONCLUSÃO: Ou o preço das farinhas se adequa ou se adequa, não há outra alternativa, sob pena de não ter mais matéria prima, porque os vendedores não vendem abaixo disto. E, como estão bem capitalizados, podem esperar. O teto parece ser o preço de importação que está ao redor de R$ 1.550,00 para o trigo pão. Com isto, o preço das farinhas precisaria subir 30%, para permitir ao setor moageiro continuar trabalhando, caso contrário corre grande risco do quebrar, porque nenhuma empresa aguenta tamanha defasagem entre o seu custo e a sua receita”, conclui.
Fonte: Agrolink
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